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Como ajudar seu time a gerenciar as tarefas e manter os processos?

Metodologia SMART: o trabalho em equipe já tem um quê de ser naturalmente complicado. Afinal, nem sempre é fácil alinhar tantos raciocínios, hábitos e estilos de trabalhar de cada integrante da equipe. Principalmente nesse período de isolamento social.

É extamente sobre isso, que queremos apresentar nesse artigo: estratégias com base em metodologias que podem ajudar a sua equipe a trabalharem home office sem perder o foco na estratégia principal.

Preparamos algumas dicas para sua Equipe não se perder na hora de gerenciarem suas tarefas para que possam manter os processos ‘caminhando’ adequadamente.

O que é a Metodologia SMART?

Você já ouviu falar da metodologia SMART? Embora tenha sido criada por um administrador, seu foco está nas pessoas e não nas organizações.

Ela foi criada por Peter Drucker (1909-2005), um professor e administrador austríaco considerado o pai da administração moderna. Ele foi um dos pensadores mais reconhecidos do século XX. Era conhecido pelas suas primorosas análises sobre os efeitos da globalização na economia e nas organizações. Drucker dizia que “a administração moderna é a ciência que aborda as pessoas nas organizações”. Mais do que administrar, ele sempre se preocupou com pessoas.

A metodologia SMART é um acrônimo com a palavra inglesa “smart”, que em português significa esperto, inteligente. É uma ferramenta muito útil para as equipes se manterem alinhadas, mesmo à distância. Isso porque, é uma ferramenta ideal para detalhar melhor as tarefas essenciais que deverão ser realizadas para se conquistar uma meta ou objetivo.

5 atributos da Metodologia SMART

S – Specific |Específico: Refere-se a especificar o objetivo, ou seja, definir muito bem a meta.

Ao fazer planos, muita gente comete o erro de estabelecer os objetivos de forma ampla, generalizada. É como dizer “Eu quero ficar rico”. Mas rico, o quanto? E de onde virá a riqueza? E qual o prazo estipulado para ganhar o dinheiro?

É diferente de: “Dentro de cinco anos, pretendo ganhar o dobro do que ganho hoje”. Mesmo que a meta não seja atingida, pelo menos ela foi concebida de forma específica e direta. E desse modo fica muito mais fácil atingir um objetivo.

A meta pode ser vista como uma definição de um caminho traçado, estrategicamente, pela empresa para se alcançar um objetivo em comum. A meta pode ser setorial ou global. Contanto, que seja bem definida, ou seja, bem descrita, detalhada, planejada e alinhada a um objetivo específico para que seja bem executada).

M – Measureable |Mensurável: É o ato de medir o quanto de seu objetivo foi atingido, bem como identificar o momento em que se alcançou a meta.

Este pilar está relacionado à necessidade de monitorar o plano estratégico, verificando se está produzindo resultados ou se abordagem escolhida carece de modificações. Para que você possa mensurar seu processo de maneira eficaz, divida-o em etapas e determine marcos.

Envolva toda a equipe e faça com que todos sejam responsáveis por algum passo no processo. É importante não deixar ninguém de fora, pois o funcionário que se sentir desvalorizado pode se tornar desmotivado.

A – Attainable |Atingível: Chegar à meta desejada é atingível, ou seja, está dentro de suas possibilidades?

É comum o gestor confundir metas desafiadoras com metas impossíveis. As metas desafiadoras podem até fazer bem para a equipe, pois funcionam como um incentivo, principalmente para aqueles indivíduos que gostam desse tipo de estímulo. Já as metas impossíveis acabam desgastando a equipe desnecessariamente e podem causar uma série de conflitos.

R – Relevant |Relevante: Relevância se refere à importância dos marcos do plano estratégico dentro do projeto como um todo.

E também inclui o impacto na empresa, no projeto em si ou até mesmo na carreira dos envolvidos. Sendo assim, demonstre a cada funcionário como o objetivo pode ser bom para eles (pode representar várias coisas: um case de sucesso na carreira, um aumento de salário em função da prosperidade da empresa, possibilidades de promoção ou aprendizado).

Importante: não exagere ou minta ao apresentar a relevância dos planos a cada um. Um funcionário que se sente enganado é um funcionário pronto para abandonar o barco a qualquer instante.

T – Time based|Temporal: Este pilar significa que a meta deve ter um limite de tempo para acontecer, ou seja, um prazo.

Assim, como no exemplo acima, do “Eu quero ficar rico”, você não pode simplesmente dizer “Quero que minha empresa se torne a mais lucrativa de seu nicho”. Em quanto tempo isso vai ocorrer? Cem anos? Dois anos? Sessenta anos? Parece óbvio, mas determinar prazos é importante para evitar problemas como a procrastinação das atividades.

Prazos para os marcos do planejamento

Inclusive, chamamos a sua atenção para os prazos, pois é importante que você determine prazos para todos os marcos do planejamento.

Um exemplo de meta realista: “Em um ano, desejo aumentar meu faturamento em 2%”. Perceba que a meta foi estabelecida de maneira específica, com um prazo e de modo que o resultado pode ser medido, com números que permitam um comparativo de todo o período. Também é um objetivo realista (afinal, não está sendo almejado um aumento de faturamento em 60%, algo totalmente fora da realidade).

E muito provavelmente pode ser alcançado dentro das possibilidades da empresa (a não ser que nos últimos anos ela tenha apresentado resultados pífios e nenhum replanejamento para mudar a situação).

A metodologia SMART ajuda muito no caso de funcionários que necessitam de uma liderança mais assertiva, aqueles que têm dificuldade para realizar uma tarefa, se não houver um chefe comandando o passo a passo, por exemplo. Este é um perfil clássico que não costuma se dar muito bem no home office, portanto, precisa de um “guia” para conseguir concluir suas funções.

Dicas finais para o gestor

Lembrando que não basta apenas passar tarefas à equipe, baseando-se na metodologia SMART. Existem mais alguns pontos que o gestor deve observar ao longo do processo, e que podem ser de grande ajuda:

  • Conheça seus objetivos: ao definir a meta a ser cumprida, saiba bem onde está pisando. Conheça o mercado, os concorrentes, os clientes… Quanto mais sólidos os dados em mãos, mais chances de se chegar ao objetivo.
  • Defina as etapas por prioridades: lembra-se da parte de definir marcos no projeto? Defina também aqueles que são prioritários. Um plano de análise de riscos pode ser essencial aqui. Se não souber como fazer, a ISSO 31000 pode ajudar.
  • Envolva apenas as pessoas necessárias em cada etapa de uma tarefa: é interessante que TODA a equipe esteja envolvida no plano em sei e nos processos, mas não precisa envolver todo mundo em absolutamente tudo. Escolha coordenadores em cada área, de modo que todo mundo participe, mas apenas uns poucos gerenciem. Senão fica uma bagunça.
  • Identifique gargalos e não tenha medo de buscar novos métodos e/ou novas maneiras de se fazer as tarefas: a cada fechamento de etapa, é hora de analisar os resultados. É aí que você vê o que está funcionando e o que não está.
  • Use ferramentas online para orientá-lo no cumprimento das etapas: em tempos de home office, as ferramentas online são indispensáveis. Pesquise todas aquelas pertinentes para sua empresa (se você tiver um departamento de TI, converse com a equipe; eles certamente estarão por dentro das novidades). Um exemplo é o Trello, um aplicativo que funciona como “post its online”. Ele é uma espécie de quadro virtual para gerenciamento de tarefas que segue o método “kanban” (termo japonês que significa “cartão”).
  • Avalie os resultados: isto inclui a avaliação dos objetivos e também do desempenho das pessoas. Não deixe de conversar com a equipe de tempos em tempos. Esteja aberto a ouvir sugestões, desabafos etc. O trabalho em home office às vezes pode ser mais estressante do que no escritório, e é importante verificar a saúde mental de sua equipe e verificar se todos estão conseguindo cumprir seus objetivos. Lembre-se: quanto mais as equipes se envolverem e se sentirem envolvidas, mais fácil será manter os processos em dia.

Você já fez ou faz uso da Metodologia SMART ou outra metodologia? Deixe seu comentário, ele pode ser muito válido para os outros leitores?

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Primeiros sinais de falha do nosso “Modus Operandi”

Modus operandi (é uma expressão em latim que significa “modo de operação”. É utilizada para designar um modo de agir, operar ou executar uma atividade, geralmente seguindo um conjunto de procedimentos sempre semelhantes, tratando-os com se fossem códigos.

Em administração de empresas, modus operandi designa a maneira de realizar determinada tarefa de acordo com um padrão pré-estabelecido, o qual dita a forma esperada de se proceder em processos, rotinas etc.

Empresas de ontem e de Hoje

A história da Administração surgiu no ano 5 mil a.C., na Suméria, quando seus habitantes buscavam modos de melhorar a resolução de seus problemas práticos — daí surgiu a arte e o exercício de administrar.

Já o modelo administrativo da estrutura organizacional como conhecemos surgiu com a Teoria Clássica da Administração, em 1916, na Europa, criada por Henri Fayol. Tal teoria se caracterizava pela busca da máxima eficiência e pela visão do homem econômico, e surgiu devido às necessidades oriundas da Revolução Industrial. De acordo com o chamado Fayolismo, as funções básicas do administrador eram planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar.

Muitos princípios da administração, embora muito antigos, prevalecem até hoje, já que carregam conceitos cuja contribuição é inquestionável. No entanto, a tecnologia tem incitado novas necessidades, fazendo com que tais modelos careçam de complementação/adaptação para que se adequem à realidade atual.

O mundo da transformação e da inovação

O mundo digital possibilitou o surgimento de empresas bem diferentes daqueles modelos clássicos que já conhecemos. Modelos de negócio inéditos têm surgido a todos instante, agitando completamente as regras do mercado. Basta pensar nos modelos antigos (hotéis, táxis, magazines) e em seus “primos” modernos (AirBnb, Uber, Amazon).

E o que todos esses novos negócios têm em comum? Simples: uma gestão descentralizada. A Era Digital, na qual todos vivemos hiperconectados, não comporta mais aquele antigo modelo linear industrial, onde a hierarquia tinha muito peso e era seguida uma gestão vertical.

O susto com o Covid-19

A chegada do vírus Covid-19 — que fez surgir uma pandemia mundial e obrigou as pessoas a se fecharem em suas casas — deu um susto em muitas empresas, principalmente naquelas que ainda estavam acostumadas ao velho modelo de gestão.

A questão é que é um modelo centralizado, ou seja, com decisões centradas na mão de poucos, já não funciona tão bem mais. Descobriu-se que no que diz respeito ao trabalho remoto — que se mostrou obrigatoriamente necessário neste momento de crise — é um modelo completamente defasado, que prejudica a fluidez necessária em todos os processos de produção. Isso só mostra que nosso modus operandi corporativo já vem caducando e que há tempos o mercado vem apontando para novas direções.

E mesmo depois desta crise do Covid-19, é bobagem recuar. A empresa que não se adequar simplesmente perderá espaço e competitividade.

Metodologias ágeis

Um modo de se adequar a esse novo formato administrativo sem maiores impactos é adotando o modelo de Metodologias ágeis. As Metodologias ágeis são conjuntos de práticas que proporcionam uma forma de gerenciar projetos muito mais adaptável às mudanças.

É um modelo resiliente, cujos processos são estruturados em ciclos curtos, de modo que a cada novo ciclo é entregue um conjunto de funcionalidades pré-determinado.

As Metodologias ágeis são tão importantes que foram estruturadas em padrões descritos num manifesto — o Manifesto Ágil —, uma declaração de valores e princípios essenciais para o desenvolvimento de softwares. Ele foi publicado em 2001, em Utah, nos Estados Unidos, e é obra de 17 desenvolvedores que compartilhavam ideais comuns sobre a fluidez do desenvolvimento de programas de computador.

Valores imprescindíveis às organizações

Embora o Manifesto Ágil seja fundamentado no desenvolvimento de softwares, seus quatro valores podem ser adaptados a outra setores. Veja só:

  • Processos e ferramentas são importantes, mas a interação e comunicação entre indivíduos é mais importante ainda;
  • Clientes querem um produto que funcione, portanto a documentação só é importante se agregar real valor ao processo;
  • A colaboração com o cliente vai muito além da negociação de contratos, pois é essencial que as decisões sejam tomadas em conjunto;
  • Responder às mudanças é mais eficaz do que seguir um plano engessado;

Notamos que são princípios muito adequados ao exercício do trabalho remoto, no qual a colaboração entre colegas é essencial e as ordens são menos centralizadas. Há mais espaço para mudanças e o foco é no resultado.

Repense seu modelo Modus Operandi

E não pensa que essa mudança de paradigma vai “estragar” sua empresa. Pelo contrário! Gestores têm comprovado inúmeras vantagens ao adotar um modelo de trabalho não-linear:

  • As equipes são autogerenciáveis; é um modelo que acaba criando colaboradores mais proativos e criativos.
  • Sem a “pressão do chefe”, a equipe costuma demonstrar mais produtividade e eficiência.
  • As equipes se tornam mais engajadas e motivadas, e com isso há redução de falhas nos processos.

É a Era da Confiança, na qual cada pessoa é seu próprio chefe. Mas atenção: isso não significa relaxar nas responsabilidades ou mesmo ignorar a presença do gestor. O gestor continuará ali, porém funcionando como um mentor, como um núcleo de informações, e ao mesmo tempo sendo um colaborador ativo.

É infeliz que tenhamos precisado de uma emergência na saúde em escala mundial para alertar sobre nossos modelos de trabalho. Mas a mudança é real e já está acontecendo.

Repense seu modus operandi — vai ser essencial para a sobrevivência da sua empresa.

Home office: hora de descobrir suas novas habilidades

Um fato: nem todo mundo nasceu para o home office. Normal. Muita gente necessita de um ritual para funcionar: acordar no mesmo horário, trocar de roupa, tomar o café, pegar o carro ou ônibus, chegar ao escritório, conversar um pouco com os colegas. Essas pessoas, são aquelas que a rotina faz papel de acessório para determinar bem os limites entre lazer e trabalho.

Trabalho Remoto: existe um perfil adequado?

Não é que exista um perfil ideal para o trabalho remoto. Há perfil que tem facilidade em lidar com os atropelos e manter o pique das atividades profissionais e outros que tem dificuldade para trabalhar em casa. Normalmente esse último perfil se entrega ao extremo: ou trabalha além da conta, ou procrastina.

No entanto, diante de todas as mudanças que estamos enfrentando com a pandemia do Covid-19, o trabalho remoto acabou se tornando obrigação em muitos setores devido a pandemia. E aí, não há negociação! É preciso se adaptar.

Caso, você seja do grupo que não gosta muito de trabalhar em home office, que tal parar de amaldiçoar o momento e tentar descobrir novas habilidades?

Descubra novas habilidades para sua vida profissional

Veja como você pode se reinventar, desenvolvendo aptidões que podem te acompanhar não só na vida profissional, como na vida pessoal. Abaixo, seguem aglumas dicas importantes! Boa leitura!

Inteligência emocional

A inteligência emocional é um conceito da psicologia que descreve a capacidade de reconhecer e avaliar não apenas os próprios sentimentos, como os sentimentos alheios, bem como a capacidade de lidar com eles. É um conceito que já vem sendo aplicado no meio corporativo há tempos. Quando você trabalha longe de seus colegas, precisa ser ainda mais habilidoso. A comunicação tem de ser clara para evitar mal entendidos.

E também faz-se necessário captar o sentimento do dia ao lidar com os colegas, pois quando todos trabalham em casa, os problemas pessoais inevitavelmente se misturam à rotina (ainda mais em tempos de pandemia, quando quase todos estão com crianças, idosos e cônjuges confinados no lar). A inteligência emocional é primordial aqui.

Caso você não seja muito bom no trato emocional, é hora de desenvolver essa habilidade; e o melhor jeito de fazê-lo, é escutando o que o outro tem a dizer. Escute mais e fale menos. Você vai desenvolver uma empatia incrível.

Gestão de tempo

É possível trabalhar, ajudar o filho nas tarefas escolares, lavar a louça do almoço e até mesmo fazer uma pausa para o cafezinho? Sim. O segredo é se planejar. Para não se enrolar, defina muito bem as pautas do dia, preferencialmente colocando tudo por escrito.

Execute as tarefas que exigem mais atenção nos momentos em que sua concentração está mais aguçada ou quando a movimentação na casa for menor (quando os filhos tiram uma soneca à tarde, por exemplo). Deixe os familiares cientes de sua rotina, para que respeitem os telefonemas e videoconferências.

E nunca empurre tarefas complexas ou enfadonhas para o final do dia, pois a tendência é procrastinar. E seja realista quanto à sua produtividade, evitando agendar coisas demais para o mesmo período. Importante: cumpra o horário de almoço e faça pausas. E não estenda o expediente para além do necessário.

Destreza tecnológica

Você nunca usou o Zoom? Não sabe bater ponto pelo Tangerino? É péssimo enviando arquivos pelo WhatsApp? Nunca usou o Trello? É hora de aprender tudo isso.

Pode ser meio chato no começo, mas a tecnologia é realmente surpreendente quando bem aplicada. O trabalho vai ficar muito mais fácil.

Organização impecável

O home office não funciona bem se não houver organização. Para começar, mantenha sua rotina, como se fosse trabalhar fora de casa: acorde sempre no mesmo horário, tome seu café, leia as notícias do dia e comece a trabalhar pontualmente.

Mantenha a mesa de trabalho limpa, e limpe também o desktop do computador, evitando polui-lo com arquivos desnecessários. Se puder providenciar um cantinho especial para o trabalho, melhor, preferencialmente com todo o material de escritório ao alcance (grampeador, impressora, tesoura, papeis etc).

Poder de concentração

Muita gente que se considera dispersa está se surpreendendo durante o home office ao descobrir possuir grande poder de concentração. Se você acha que ainda precisa exercitar esse lado, tire proveito de técnicas para fazer o trabalho render.

O método Pomodoro, que existe sprints de trabalho sem interrupções, é um bom jeito de se começar. Outra medida é definir muito bem as tarefas que pretende concluir no dia, e cumpri-las religiosamente. Tome muito cuidado também com a tentação de conferir as redes sociais ou de dar uma espiadinha naquele filme na TV. Você está em casa, mas ainda está trabalhando.

Quem não se comunica, se trumbica

Esta famosa frase era dita por Abelardo Barbosa, o Chacrinha, considerado um dos maiores comunicadores do rádio e da televisão brasileira. Caso você tenha dificuldades para se comunicar, o trabalho remoto não vai deixar muita opção: você vai ter de se adaptar. Aprenda a redigir e-mails breves e diretos (e aproveite para aprimorar a gramática, caso necessário); desenvolva o discurso para falar ao telefone ou em vídeo-chamadas; saiba delegar sem deixar dúvidas.

Se você acha que sua capacidade de comunicação deixa a desejar, converse com colegas para saber em quais pontos precisa melhorar. Vale até mesmo treinar discursos sozinhos na hora do banho ou na frente do espelho.

Marketing pessoal

Não use o home office como pretexto para se isolar. Trabalhar fisicamente distante de colegas e clientes exige mais dedicação na promoção de sua imagem, principalmente quando você deseja ser lembrado para aquele projeto importante.

Cuide das suas redes sociais, em especial aquelas voltadas para o ambiente corporativo (como o LinkedIn). Telefone para clientes vez ou outra, e não deixe de sondar o nível de satisfação deles. Coloque-se disponível para tirar dúvidas de colegas e auxiliar em atividades específicas.

Estar bem é trabalhar bem

Um amigo comentou que o home office o ensinou a coar o cafezinho perfeito. Parece bobagem, mas às vezes é esse café o responsável por proporcionar prazer a um dia particularmente difícil. Valorize os pequenos aprendizados: a capacidade de preparar rapidamente um almocinho gostoso, aquela prática de 15 minutos de HIIT para aquecer o corpo, o cochilo de dez minutos depois da refeição, o banho no meio da tarde só para aliviar as tensões, o crochê que você aprendeu pelo Youtube para relaxar depois do expediente.

Lembre-se de que não somos feitos só de trabalho. Tudo o que aprendemos nos torna mais sábios e melhores. Acima de tudo, o home office proporciona autoconhecimento.

Aproveite para se tornar um ser humano melhor!

Pilar da inovação no reverso do COVID-19

Há trinta anos, a escola de negócios suíça IMD (International Institute for Management Development) divulga um ranking de competitividade digital, no qual são avaliados mais de sessenta países.

A pesquisa se baseia em indicadores estatísticos e nos resultados de uma pesquisa de opinião realizadas com executivos que passaram ao menos um ano vivendo em cada país pesquisado. Nesse estudo são avaliados aspectos como agilidade tecnológica, uso de big data e analytics e capacidade de se antecipar às mudanças no mercado.

Na edição 2019, 63 países foram avaliados. O Brasil ficou na 59ª posição geral, na frente apenas da Croácia, Argentina, Mongólia e Venezuela. Na prática, isso significa que ainda somos menos “digitais” do que pensamos.De acordo com o mesmo estudo da IMD, o Brasil ainda é um país que apresenta muitos obstáculos para abrir novos negócios e cuja legislação ainda carece de desenvolvimento em pesquisa e tecnologia.

Além disso, nossas empresas ainda necessitam de mais agilidade, flexibilidade e acesso a capital para investir em tecnologias, bem como de mais interesse em construir parcerias entre empresas e universidades.

Pilar da inovação no reverso do COVID-19. Brasil ainda é um país que apresenta muitos obstáculos para abrir novos negócios.

Um choque no mercado

Deivison Pedroza, CEO da Verde Ghaia, tem uma frase muito emblemática sobre o relacionamento das empresas brasileiras com a tecnologia: “Muitas empresas pensam que são digitais só porque têm funcionários usando computador e smartphone; mas a maioria delas ainda são incrivelmente analógicas”.

Certamente essas empresas ilusoriamente digitais sentiram o choque no momento em que foram atingidas pelo impacto global causado pelo vírus COVID19. Não precisamos entrar em detalhes sobre a pandemia, afinal o assunto tem sido abordado maciçamente em todos os veículos. Nossa proposta é fazer um convite à reflexão em relação à sua situação profissional, à situação da sua empresa: como esse novo panorama foi encarado? Sua organização já dispunha de um cenário favorável para instituir o home office? Quais funções puderam ser adaptadas para o ambiente externo da empresa?

A grande falha é que muita gente ainda pensa que, para haver a estrutura do home office, basta um computador, conexão com a internet e um smartphone. A ilustração do trabalho remoto ainda é fantasiosa, como uma cena de filme, e o COVID19 fez com que muitas empresas acabassem descobrindo as dificuldades de implementação deste modelo de forma atabalhoada, sem qualquer tipo de planejamento ou preparo. Às vezes o conhecimento sobre o modelo de trabalho remoto até existe, mas é apenas teórico, jamais prático.

Sua empresa preparada o tempo todo?

Há anos temos enfrentado uma corrida exaustiva para transformar os negócios analógicos em digitais, mas só agora — diante da extrema necessidade — as empresas estão tendo exata noção de seu posicionamento tecnológico num mercado onde só os fortes aguentam o tranco. Agora, mais do que nunca é hora de rever seu modelo de negócios. Veja como adaptar sua empresa para o trabalho remoto:

Análise de funções e cargos. Algumas funções podem ser realizadas à distância, já outras, não tem jeito: precisam ser dentro da empresa. Liste todos os cargos existentes em sua organização, definindo quais podem ser feitos por home office e quais têm de ser presenciais. No caso dos cargos de trabalho in loco, defina formas de desonerar os funcionários. Pode ser montando escalas, reduzindo a carga horária etc.

Gestão em primeiro lugar. Se necessário, revise processos e recorra a modelos de gestão (como o PDCA) ou a normatizações internacionais para reformular seu gerenciamento (a ISO 9001, por exemplo, tem enfatizado a análise de riscos, fator muito importante em momentos de urgência como este).

Avaliação da comunicação. Lembre-se de que toda comunicação entre funcionários será feita por telefone ou internet. Busque saber quais softwares atendem melhor às necessidades da empresa, principalmente para a realização de conferências e reuniões. Tenha consciência de que alguns processos podem ficar mais lentos devido a deficiências tecnológicas ou mesmo dificuldades humanas (Exemplo: o funcionário está em teleconferência, mas ao mesmo tempo está dando atenção a outra atividade).

Perfil dos funcionários. Nem todo mundo nasceu para fazer home office. Algumas pessoas têm muita dificuldade de se concentrar fora do ambiente de trabalho ou acabam se dividindo entre tarefas do escritório e atividades em casa (serviços domésticos, filhos etc). Num momento como este, em que não há muita escolha — afinal estamos cumprindo uma quarentena —, é preciso conscientizar a todos de seus deveres e responsabilidades. E também é preciso que a própria empresa saiba equilibrar as coisas para que seu pessoal não acabe sobrecarregado. Ninguém precisa de mais estresse.

Apoio tecnológico. Em alguns casos, é preciso fornecer acesso à rede interna da empresa, de modo que o funcionário possa acessá-la de casa. Verifique se há estrutura para tal. O ideal também é que equipamentos como celulares e laptops sejam fornecidos pelo empregador. Prepare-se para os custos. O ideal é que isso faça parte do orçamento da empresa desde sua fundação.

Metodologia ágil. Conheça a importância da metodologia ágil, que, sob o conceito da Tecnologia da Informação (TI), é um formato mais eficiente para se criar programas, cuja abordagem confere muito mais flexibilidade aos profissionais de TI, pois o planejamento e a execução de todas as rotinas são mais interativos. Saiba mais neste artigo sobre essas metodologias!

Escolha de ferramentas. Faça uma pesquisa minuciosa para descobrir todas as ferramentas ideais para sua empresa. Isto inclui hardwares e, principalmente, softwares.

A Verde Ghaia tem investido em diversos serviços e produtos com foco em tecnologia, automação e inteligência artificial a fim de auxiliar no planejamento de ações estratégicas. Certamente ela possui a ferramenta ideal para sua empresa.

Hora de mudar

Devido ao baixo nível de concorrência, foco em commodities, pouco incentivo à inovação e foco insuficiente em pesquisas científicas, infelizmente o Brasil ainda é pouco afeito às soluções empresariais. Não é à toa que a pandemia do COVID19 desesperou alguns empresários, pouco preparados para adaptar seu modelo de negócios às necessidades que passaram a surgir neste novo cenário. Infelizmente, muitos gestores só pensam na solução de um problema quanto este bate à porta. Só que isso pode ser fatal num mercado no qual é importante se destacar da concorrência.

Portanto, agora é o momento para aprender as lições e começar a pensar num jeito diferente de trabalhar, abrindo possibilidades para transformações completas. Mesmo depois que a quarentena acabar, a ordem é não se acomodar. Algumas mudanças de mentalidade, inclusive, podem vir a ser definitivas.

A Verde Ghaia — uma empresa sempre à frente — acredita que este é um momento para dar espaço a ideias inovadoras, que alimentarão o mercado com soluções mais ágeis e eficazes perante aqueles que demandam novos produtos, como o setor privado, por exemplo. E está aberta a desenvolver produtos que possam suprir essa lacuna, oferecendo também a melhor consultoria.

Não espere por uma nova emergência para agir. Adapte-se. O mercado não espera.

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Saiba o que são empresas B-Corps!

Você já ouviu falar das empresas B-Corps? Num resumo, só para contextualizarmos, uma empresa B é aquela que tem o desenvolvimento social e ambiental como um de seus principais objetivos. Ela equilibra o lucro com o bem-estar de todos.  

o que são empresas B? B-corps

O conceito foi criado nos Estados Unidos pela B-Lab, uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2006 na Pensilvânia; daí o “B” quando nos referimos às empresas B (que também pode ser B de “benéfico”). Em inglês, as empresas B são chamadas B-Corps (uma contração para B Corporations).

Toda empresa classificada como B possui uma certificação reconhecida internacionalmente, a qual atesta que tal organização atende a determinados padrões de transparência, responsabilidade, sustentabilidade e desempenho cujo objetivo é criar valor para a sociedade. A empresa B visa como modelo de negócios o desenvolvimento social e ambiental. Toda empresa certificada pelo Sistema B possui como objetivo solucionar problemas socioambientais.

Atualmente, existem quase mil empresas B distribuídas por trinta países e sessenta setores (sendo que 75 delas estão na América Latina).

No Brasil, o conceito de empresa B é relativamente recente e tem sido liderado pelo Comitê pela Democratização da Informática (CDI) — uma organização sem fins lucrativos que se utiliza da tecnologia para combater a pobreza e estimular o empreendedorismo — numa parceria com o Sistema B (representante do movimento pelas B-Corps na América Latina), e já possuí 46 empresas com o certificado.

Como se tornar uma empresa B?

Muitas empresas e empresários têm focado na transparência em suas relações, voltando seus esforços para redução dos impactos sociais e ambientais. O empresário compreende que possui poder de mercado, e que além de entregar produtos e serviços de qualidade, pode fazer uso desse poder para solucionar problemas ambientais e sociais.

Se você pretende que sua organização faça parte do seleto grupo das empresas B, deve estar ciente do seguinte. A empresa B*:

  • Compromete-se em criar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.
  • Aumenta o dever fiduciário de acionistas e gestores, buscando sempre incluir interesses não financeiros/lucrativos.
  • Compromete-se em operar sob altos padrões de gestão e transparência.
  • Faz parte de uma comunidade interdependente, onde um é responsável por inspirar o outro.

(*Fonte: Sistema B)

Passos para ser uma empresa B

Para se tornar uma empresa B, a organização deve seguir um a série de passos:

  1. Completar a Avaliação de Impacto B, ferramenta gratuita no site Sistema B. Essa avaliação foi desenvolvida para medir e gerir o impacto positivo de sua empresa em seus trabalhadores, comunidade, consumidores e meio ambiente, considerando o impacto das operações no dia a dia e como modelo de negócio.
  2. Completar o questionário de divulgação, o qual considera qualquer impacto negativo significativo, a revisão de antecedentes e um canal público de denúncias ou reclamações. Esse questionário permite que a empresa compartilhe com o B-Lab, de maneira confidencial, qualquer prática sensível, multas ou sanções recebidas pela empresa ou suas filiais.
  3. Passar por uma análise de elegibilidade.
  4. Preparar-se para a etapa de verificação. Nesta fase ocorrerá o fornecimento de uma série de documentos para preparo da auditoria.
  5. Passar pela verificação em si (auditoria da B-Lab).
  6. Passar por uma revisão de antecedentes, a qual inclui uma revisão de registros públicos, fontes de notícias e mecanismos de busca pelo nome da empresa, suas marcas, executivos/fundadores e outros temas relevantes.
  7. Passar por uma revisão presencial. A cada ano, 10% das Empesas B Certificadas são selecionadas aleatoriamente para uma revisão aprofundada e presencial, como parte dos requisitos para a recertificação. Isso é fundamental para manter a credibilidade do selo de Empresa B.
  8. Divulgar publicamente o Relatório de Impacto B no site www.bcorporation.net (não há quebra de confidencialidade dos dados).
  9. Modificar estatutos e/ou figura jurídica da empresa, de acordo com as leis de cada país.
  10. Pagar pelo custo anual da certificação, que varia de acordo com o faturamento anual da empresa.

Prêmio Compliance e empresa B: o que elas têm em comum?

O Prêmio Compliance Brasil de Sustentabilidade é uma premiação de abrangência nacional realizada pela Verde Ghaia. Seu objetivo é celebrar o controle legal e as boas práticas sustentáveis das empresas brasileiras, incentivando a gestão ambiental transparente.

Uma empresa B certamente estará alinhada ao Prêmio Compliance Brasil, visto que o objetivo da premiação é exatamente incentivar as melhores práticas sustentáveis e de compliance, contribuindo para um mundo melhor.

Os vencedores do Prêmio Compliance Brasil certamente têm mais chances de se tornar uma empresa B; e toda empresa certificada como B tem maiores chances de sair vencedora do Prêmio Compliance Brasil. Uma relação na qual todos saem ganhando. E a sociedade ganha muito mais!

Em 2020, o Prêmio Compliance Brasil de Sustentabilidade celebrará sua quinta edição com uma grande festa em São Paulo (SP) no dia 18 de junho, e contará com um apoio valioso, pois será realizado em parceria com o Grupo Voto.

Visite o site: https://premiocompliancebrasil.com.br/

Parte II: Atendimento à Legislação Ambiental: uma exigência do consumidor com as empresas

As Leis citadas na primeira parte deste artigo são apenas alguns exemplos da legislação ambiental brasileira, visto que ainda há muito mais, como decretos, resoluções e atos normativos a nível federal, estadual e municipal que, juntos, formam nosso arcabouço legal.

Sem dúvida é muita coisa! Mas, atualmente o atendimento à legislação ambiental está mais em voga exatamente porque, como já falamos, há uma demanda vinda do próprio consumidor.

E essa demanda faz com que o norte das organizações passe a ser agora a busca pela sustentabilidade, pois através do seu tripé economia-sociedade-meio ambiente, ela interliga os processos produtivos, a geração significativa de resíduos (domésticos e industriais) nas diversas práticas humanas e os efeitos da poluição no ambiente.

Mas, afinal, por que se preocupar com o atendimento à legislação ambiental brasileira? Bem, não é tão simples responder a essa pergunta. Por mais que muitas empresas respondam que é para evitar multa, que é para demonstrar comprometimento com a sociedade e o meio ambiente, a resposta vai além.

Por que se comprometer com a Legislação Ambiental do seu negócio?

A própria PNRS, a PNMA, bem como a Lei de Crimes Ambientais estabelecem determinações, punições e multas, muitas vezes altíssimas, para quem não cumpre o que é exigido em relação à proteção do meio ambiente. Além disso, a sociedade e o mercado estão de olho nessas empresas infratoras, exigindo a sustentabilidade em suas práticas.

Por isso, hoje não se busca apenas atender à legislação ambiental, mas sim mostrar para todos que a empresa busca pelo compliance em sustentabilidade, isto é, a empresa busca causar o menor impacto ao meio ambiente, se preocupando com o futuro, tanto da organização quanto da sociedade.

Portanto, atender a legislação ambiental passou a ser uma exigência do próprio consumidor com as empresas, seguindo a mesma lógica da PNRS, de responsabilidade compartilhada, desde o processo de produção até o consumo e destinação e reaproveitamento desses produtos.

Uma empresa verdadeiramente responsável e sustentável, ou seja, que busca pelo compliance em sustentabilidade, entende e vivência essa exigência, cumprindo-a, pois compreende o seu papel para a preservação do meio ambiente e consegue valorizar a imagem da sua marca, da sua reputação. Outro fator importante, para as empresas que agem nessa perspactiva sustentável, é a diminuição de prejuízos financeiros, uma vez que ocorre a minimização de possíveis punições legais e judiciais.

Consegue perceber que se você se comprometer com a legislação ambiental, o seu negócio só tem a ganhar? E que além disso, você consegue vislumbrar melhores perspectivas de crescimento?

As consequências do não atendimento

Embora o Brasil tenha leis mais severas em relação ao meio ambiente, infelizmente existem brechas nas quais muitos fazem uso dessa “vantagem” para burlar o sistema, acreditando que ações desse tipo resultam em priorização econômica imediatista ao invés da ambiental.

Parece que, mesmo tendo a sociedade e o mercado de olho em suas práticas, muitas organizações ignoram as consequências negativas de não atender à legislação ambiental e continuam atuando de maneira negligente.

Esse tipo de comportamento gera muitas consequências negativas, podendo levar empresas a falência. Para exemplificar a gravidade, imagine uma organização de médio porte, que foi penalizada e que conforme a Lei de Crimes Ambientais, a multa chegou a R$ 12 milhões. Isso significa que a empresa pode fechar suas portas ou terá que demitir um número considerável de colaboradores para “organizar a casa”. Ressalta-se, no entanto, que as multas podem chegar até R$ 50 milhões de reais e, que somente poderá ser extinta se for comprovada a reparação do dano ambiental causado. É justamente nesse momento que as organizações percebem a falta que faz o Sistema de Gestão Ambiental e uma gestão de risco que vise o monitoramento de todos os seus requisitos legais aplicáveis.

Outras penalidades do não cumprimento da Legislação Ambiental

A PNMA obriga quem comete infração ou irregularidade, a indenizar os danos ambientais causados, independente se a sua atuação ocorreu de forma direta ou indireta. A empresa, nesse caso, também tem a obrigação de recuperar todos os prejuízos causados, e o infrator está sujeito às penalidades, podendo até ser preso.

Além das penalidades, multas e prisões podem acontecer. Além disso, a imagem da própria empresa e sua reputação poderá ficar manchada – e isso é bem difícil de ser recuperado, visto que se faz necessário tempo e investimento altíssimo para isso. Sem contar todo tipo de prejuízo que a empresa possa ter para resolver o problema que ela mesma criou. Por isso, cumprir os requisitos conforme exigido por lei, é essencial para uma organização.

Desse modo, o atendimento à legislação ambiental demonstra que o cumprimento das leis está se tornando uma ação de responsabilidade ambiental não apenas das organizações, mas de seus consumidores finais. E estes, por sua vez, estão cada vez mais cobrando comportamento consciente das empresas cujos produtos ou serviços eles consomem.

É preciso ficar atento às mudanças. Embora estejamos vivendo uma era em que tudo acontece na velocidade da luz, o atendimento à Legislação Ambiental ainda é lento. Contudo, esse movimento de mudança comportamental e de consciência vem acontecendo e as empresas estão sendo cobrads por isso. Cabe às organizações firmar seu compromisso ético, moral e íntegro, assumindo sua responsabilidade quanto o atendimento à legislação brasileira.

Como é a produção de Cervejas no Brasil?

Se você ainda não está por dentro de tudo o que precisa seguir para fabricar a sua própria cerveja ou para saber se aquela cerveja que você tanto gosta está sendo produzida da maneira correta, então leia este artigo.

Cerveja: Paixão nacional do brasileiro

A cerveja é uma das paixões nacionais do brasileiro. Tanto é verdade que estima-se, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que o setor cervejeiro do Brasil é o terceiro maior do mundo, com mais de 1.000 empresas registradas e 14 bilhões de litros consumidos por ano.

O setor ainda gera cerca de 2,7 milhões de empregos com um faturamento de R$ 100 bilhões e arrecadação de impostos da ordem de aproximadamente R$ 30 bilhões. Mas fazer parte do mercado produtor de cerveja não é tão simples como possa parecer, e é necessário seguir algumas normas e procedimentos para chegar ao consumidor com qualidade e de maneira segura.

Aqui vamos falar sobre a Instrução Normativa (IN) n°65 do MAPA, publicada em 11 de dezembro de 2019 no Diário Oficial da União (DOU), que estabelece os padrões de identidade e qualidade para os produtos de cervejaria.

A IN n° 65 complementa a alteração feita em julho, no Decreto n° 6.871/2009, trazendo as disposições específicas para a produção, comercialização e rotulagem da cerveja no Brasil. A IN também revoga instruções normativas anteriores que traziam regras para a produção do produto, como a IN n° 54, de 05/11/2001 e a IN n° 68, de 06/11/2018.

Então, vamos conhecer mais sobre a produção de cervejas!

Gestão de Fornecedores – Não corra riscos desnecessários!

O que é cerveja e quais os seus tipos?

A IN n° 65/2019 do MAPA define as classificações e as denominações do produto, determina os ingredientes permitidos e proibidos e estabelece padrões de rotulagem para a cerveja. 

Cerveja, de acordo com esta Instrução Normativa, é “a bebida resultante da fermentação, a partir da levedura cervejeira, do mosto de cevada malteada ou de extrato de malte, submetido previamente a um processo de cocção adicionado de lúpulo ou extrato de lúpulo, hipótese em que uma parte da cevada malteada ou do extrato de malte poderá ser substituída parcialmente por adjunto cervejeiro”.

O mosto é a solução em água potável de compostos resultantes da degradação enzimática do malte, com ou sem adjuntos cervejeiros e ingredientes opcionais, realizada mediante processos tecnológicos adequados.

Independente de qual tipo seja, a cerveja deve obedecer ao que está disposto na IN n° 65/2019.  E há vários tipos, como por exemplo:

  • Cerveja Gruit: que é a cerveja na qual o lúpulo é totalmente substituído por outras ervas, aprovadas para consumo humano como alimento por órgão competente;
  • Cerveja sem glúten: elaborada com cereais não fornecedores de glúten, ou que contenha teor de glúten abaixo do estabelecido em regulamento técnico específico;
  • Cerveja de múltipla fermentação: sendo aquela que passa por outra fermentação, seja na garrafa, em tanques, ou em ambos;
  • Cerveja light: é a cerveja cujo valor energético apresente teor máximo de 35 kcal/100 mL;
  • Chopp ou Chope: ou seja, a cerveja que não foi submetida a processo de pasteurização, tampouco a outros tratamentos térmicos similares ou equivalentes;
  • Cerveja Malzbier: aquela cerveja adicionada de açúcares de origem vegetal exclusivamente para conferir sabor doce.

https://www.youtube.com/watch?v=MWeciynkg8o&t=360s

A classificação das cervejas

A classificação das cervejas também pode ser bem variada e precisa seguir as determinações da IN n° 65/2019. Em relação à proporção de matérias-primas, as cervejas são classificadas como:

  • Cerveja: possui mosto cujo extrato primitivo contém no mínimo 55% em peso de cevada malteada e no máximo 45% de adjuntos cervejeiros. O extrato primitivo significa quantidade de substâncias do mosto que deu origem à cerveja;
  • Cerveja 100% malte ou Cerveja puro malte: recebe essa classificação quando é elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém exclusivamente de cevada malteada ou de extrato de malte;
  • Cerveja 100% malte de (nome do cereal malteado) ou Cerveja puro malte de (nome do cereal malteado): elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém exclusivamente de outro cereal malteado;
  • Cerveja de (nome do cereal ou dos cereais majoritário(s), malteado(s) ou não): elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém majoritariamente de adjuntos cervejeiros, sendo que poderá ter um máximo de 80% em peso da totalidade dos adjuntos cervejeiros em relação ao seu extrato primitivo e o mínimo de 20% em peso de malte de cevada, ou malte de (nome do cereal utilizado); ou quando dois ou mais cereais contribuírem com a mesma quantidade para o extrato primitivo.

A IN n° 65/2019 permite também, no processo de fabricação da bebida, a adição de produtos de origem animal como o leite e mel, além de madeira às leveduras do gênero Saccharomyces. E qualquer eventual uso de outros ingredientes deverá ficar explícito na rotulagem.

Classificação quanto ao conteúdo alcoólico

A classificação que as cervejas recebem quanto a seu conteúdo alcoólico seguem as seguintes normas:

  • “cerveja sem álcool” ou “cerveja desalcoolizada”: o conteúdo alcoólico é inferior ou igual a 0,5% em volume (0,5% v/v);
  • “cerveja com teor alcoólico reduzido” ou “cerveja com baixo teor alcoólico”: o conteúdo alcoólico é superior a 0,5% em volume (0,5% v/v) e inferior ou igual a 2,0% em volume (2,0% v/v);
  • “cerveja”: seu conteúdo alcoólico é superior a 2,0% em volume (2,0% v/v).
ISO 22000:2018 – Medidas de Controle

A importância da IN n° 65/2019

A IN n° 65/2019 estava em discussão desde 2012 e contou com a participação da sociedade e do setor produtivo, além da realização de numerosas consultas e audiências públicas.

Com isso, esta IN veio para facilitar a vida das cervejarias (especialmente as artesanais), do consumidor e de todo aquele apaixonado por cerveja. Por meio dela foram simplificadas as informações constantes nos rótulos, tornando-a mais simples e direta, facilitando a comunicação entre produtor e mercado consumidor.

Segundo informações constantes em nota do próprio MAPA, o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cerveja, Carlo Lapolli, reconhece que a IN n° 65/2019 “não vai alterar o custo final do produto e vai facilitar o registro de novas cervejarias no Ministério. É consenso no setor cervejeiro que o consumidor está ávido por novidades e o país precisa acompanhar o mercado internacional, com produtos modernos e de maior valor agregado”.

O prazo para que todos se adequam às alterações constantes na IN n° 65/2019 é de 365 dias da data de publicação. Ou seja, até 11 de dezembro de 2020, todas as cervejas produzidas e comercializadas no Brasil precisam seguir os padrões de identidade, qualidade e rotulagem, garantindo maior segurança para todo o processo, desde a fabricação até o consumo final.