A inteligência artificial substituirá o ser humano? – SOGI
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A inteligência artificial substituirá o ser humano?

Já parou para pensar que algumas profissões simplesmente não existem mais? Telefonista, datilógrafo, telegrafista, vendedor de enciclopédias, lanterninha de cinema.

Cientes de como o tempo — e a tecnologia — extinguiram algumas funções outrora essenciais, é inevitável que nos perguntemos: quais profissões virão a ser limadas da sociedade num futuro próximo? Será que o excesso de tecnologia vai deixar o próprio ser humano obsoleto? A inteligência artificial será capaz de substituir uma pessoa em sua totalidade?

De acordo com um relatório do Information Services Group (ISG), empresa norte-americana de consultoria e pesquisa em tecnologia, a automação robótica dos processos (RPA) tem permitido que empresas executem processos de negócios de 5 a 10 vezes mais rápido, e usando 37% menos recursos, em média. Nesse ritmo, estima-se que até 2050 cerca de 80% das atividades realizadas por seres humanos serão automatizadas.

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Vamos ficar sem emprego?

Devemos nos lembrar de que esse questionamento homem versus máquina não é de hoje, afinal a grande Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra no século XVIII também trouxe uma série de dilemas semelhantes. No entanto, também é importante frisar que a tecnologia na maioria das vezes extingue alguns aparatos, mas também cria novos, estes quais geralmente continuam dependendo da operação humana.

Quer ver alguns exemplos?

A máquina de datilografar foi substituída pelo computador. As carruagens saíram de cena (pelo menos como meio de transporte principal em áreas urbanas), mas deram lugar aos automóveis (e note que as carroças continuam a existir!). As locadoras de vídeo foram substituídas pelo serviço de streaming. Os smartphones criaram todo um novo mercado; veja o caso dos influenciadores digitais, que têm se mostrado verdadeiras minas de ouro.  De acordo com a Izea, empresa de marketing digital, em 2019 um atleta poderia receber até US$3 milhões por um único post patrocinado em suas redes sociais.  

Nesse cenário, o que devemos ter em mente é que toda inserção tecnológica vai representar um momento de ruptura na sociedade; no entanto, em vez de repelir tais mudanças, devemos abraçá-las. Até porque, na prática, sabemos que a Inteligência Artificial ainda não é perfeitamente capaz de reproduzir exatamente aquele diferencial que torna o humano puramente humano.

Basta pensar nas diferenças que ocorrem quando ligamos para o serviço de atendimento ao consumidor de determinada marca e somos atendidos por robôs, e quando somos atendidos por pessoas.

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Robôs e a Linguagem Humana

Embora os robôs sejam capazes de compreender a linguagem humana e de correlacionar informações, o atendimento humano continua sendo mais completo e mais certeiro. Um funcionário de call center, por exemplo, tem o computador como ferramenta facilitadora (na hora de encontrar e registrar informações, gravar dados, consultar históricos etc), mas ele — a pessoa — continua sendo indispensável, pois ainda realiza um atendimento melhor do que uma gravação.

Sendo assim, não nos enganemos: se por um lado robôs agilizam a produção e melhoram processos, por outro, os seres humanos continuam sendo essenciais para monitorar, interpretar e gerenciar dados. As máquinas tiram um posto de trabalho, porém criam muitos outros. É bem provável que as funções mais promissoras do futuro sejam aquelas ligadas ao gerenciamento e análise de dados: estatístico, gestor de qualidade, gestor de conteúdo, engenheiro de processos e tudo o mais que possa ser ligado a estratégia e gestão da informação.

E tem um outro fator: como humanos, somos seres de necessidades constantes. O filósofo Arthur Schopenhauer dizia que a vontade é a força motriz da existência humana. Sendo assim, ainda que haja a ruptura pós boom tecnológico, novas necessidades sempre serão criadas. Faz parte da nossa natureza.

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O avanço tecnológico é inevitável

Sejamos realistas: o processo de mudança rumo a um mundo cada vez mais tecnológico é inevitável. E isso não é ruim. A melhor forma de se adaptar é questionando: como posso evoluir e me adequar a esse novo futuro? Quais competências devo desenvolver? Que tipo de abertura posso criar no mercado? Como aliar essas novas tendências ao que gosto de fazer?

A partir de agora estaremos sempre diante de um novo e imenso campo a ser explorado.

E respondendo ao título deste texto de forma muito objetiva: muito provavelmente jamais seremos totalmente substituídos por máquinas. Elas vão facilitar muito nosso trabalho, porém, só sobreviverá aquele que estiver disposto a acolher a inovação e fazer dela um fiel aliado.

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